segunda-feira, 20 de junho de 2011

Morte Digna - Eutanásia

A palavra eutanásia, derivada do grego, significa “uma boa morte”, “morte misericordiosa”. Há correntes favoráveis e desfavoráveis à prática da eutanásia desde os tempos mais remotos. Alguns países aderem à eutanásia, como por exemplo a Holanda, que foi o primeiro país a aprovar a legalização da eutanásia ativa, na qual o paciente recebe uma injeção letal de cloreto de potássio. No Japão a eutanásia é permitida em pacientes com morte cerebral ou aos que morrerão de forma iminente, apesar do tratamento.Nos Estados Unidos o cidadão pode portar um cartão, o DNR (Do Not Resuscitate, não ressuscitar), que demonstra o desejo de não ser reanimado. No Brasil, a prática da eutanásia é considerada homicídio. De acordo com a legislação brasileira a eutanásia é proibida e, caso algum médico seja pego praticando o “homicídio piedoso”, poderá pegar de 4 a 17 anos de prisão, além de sofrer processo e a provável cassação do CRM, sendo proibido de exercer a medicina em território nacional. Porém a eutanásia é praticada de forma indireta, quando a família ou médicos de algum paciente terminal optam fazer ou não determinados tratamentos ou procedimentos por serem dolorosos ou ineficazes para cura (dependo do estágio da doença, idade do paciente, etc.), por exemplo, uma idosa de 94 anos está internada no CTI em um hospital particular. Esta foi induzida ao coma e há anos teve um derrame, perdendo a fala. Todavia, seus rins pararam de funcionar, logo de urgência deveria ser iniciado o tratamento de hemodiálise, e caso não fosse realizado tal procedimento acarretaria na morte da paciente. Porém, a hemodiálise é um processo muito doloroso e no caso da idosa, segundo médicos, não funcionaria com eficácia, no máximo retardando a morte em um mês. A decisão é incubida à família, ficando a cargo desta decidir pela morte ou não da paciente. Tal atitude não é considerada eutanásia no Brasil. A eutanásia indireta acontece todos os dias nos hospitais do Brasil, ao qual médicos e famílias decidem a morte ou vida do doente. Em suma, por que a eutanásia direta é considerada crime? Será que não há uma forma de morrer na qual não haja tanto sofrimento desnecessário ao ser humano?
A eutanásia deve ser entendida como necessário (procedimento médico) para antecipar morte de um doente incurável, a fim de evitar o prolongamento de seu sofrimento e dor, caso este se manifeste de forma explícita, lúcida, consciente e voluntária. Tendo em vista que todos os seres humanos têm direito a uma vida digna, conforme previsto na Constituição, e que uma consequência desse direito é a decisão sobre a sua própria morte, em situações de sofrimento físico e psíquico extremo.

Um comentário:

  1. http://br.monografias.com/trabalhos3/eutanasia/eutanasia.shtml

    A palavra eutanásia tornou-se ambígua, ou melhor, tem assumido diferentes significados conforme o tempo e o autor que a utiliza. No entanto, fica difícil enfatizá-la. Sabemos que a palavra eutanásia origina do grego e significa literalmente "uma boa morte". Em tempo hodierno entende-se por eutanásia por provocar uma "boa morte" ou "morte misericordiosa", Revista Claudia, segundo Patrícia Zaid (2001).

    Ruth Rocha (2000), diz que eutanásia, é a morte sem sofrimento, eliminação dos doentes reconhecidamente incuráveis e vitimas de grandes sofrimentos. Mas será utilizada em todas as camadas sociais? Sem preconceitos, sem questionamento sóciopolítico e econômico?

    Segundo Goldim (2004), para Leonard Martin a mistanásia também chamada de eutanásia social, ele sugeriu este termo para denominar a morte miserável, fora e antes da hora. Na qual focaliza três situações: primeira a grande massa de doentes, deficientes que por motivos políticos, sociais e econômicos, não chegam a ser pacientes, pois não conseguem ingressar efetivamente no sistema de atendimento médico;

    Segunda, aqueles que conseguem ser pacientes para, em seguida, se tornar vitimas de erro médico; e terceira, os pacientes que acabam sendo vitimas de má-prática por motivos econômicos, científicos ou sociopolíticos.

    Por estes e outros motivos existem correntes favoráveis e desfavoráveis à prática da eutanásia.

    Segundo Renovato (2002), a bíblia diz: "Não matarás" (Ex 20.13). Daí, a ação do médico, tirando a vida do paciente, equipara-se a um assassino; a um homicídio. Tradicionalmente, se reconhece que a eutanásia é um crime contra a vontade de Deus.

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