terça-feira, 1 de março de 2011

                      Aborto e União homosseuxal

Semana passada nosso companheiro de classe “Leo” nos enviou um e-mail com dois links de reportagens que seriam legais de se ler para abrir uma discussão em classe, uma delas era sobre a legalização do casamento civil entre homossexuais que a tempo tem sido um assunto muito polêmico e tem causado muita discussão entre os alunos da classe.
Nessa reportagem estava o ex-BBB e atual deputado federal chamado Jean Wyllys e ele estava defendendo a ideia supracitada. Assim que li essa reportagem, eu me interessei e achei que seria bom discutir sobre o assunto, mas lembrei-me de outro assunto bem polêmico que já até citamos em aula, que foi o aborto, sendo assim quis fazer um “post” aqui no nosso blog e posteriormente fazer o meu blog, idéia que ainda estou estudando.

O casamento homossexual vem sendo discutido há anos no Brasil, mas não chegaram a nenhum acordo e a comunidade cristã tem feito muita pressão contra a aceitação, porém o que vem sendo reivindicado por eles é o casamento civil, sendo assim a igreja não precisaria aceitar o casamento dentro de seus templos. O governo ainda cede à vontade das igrejas, porém se o estado é laico qual o motivo de não ter feito uma emenda a favor dos homossexuais ainda? Atualmente eles são milhões no Brasil e deveriam ter seus direitos garantidos, pois são como os heterossexuais e pagam impostos como nós.
O outro assunto que quero discutir com vocês é o da legalização do aborto em qualquer circunstância, que também é um assunto que ronda a tempos em Brasília e que não chegou a um consenso e a igreja novamente interfere. Nós vemos notícias de vários casos de meninas que engravidam precocemente e que fazem abortos em clínicas ilegais e morrem, mas até hoje ninguém tomou providência sobre isso, nem mesmo a igreja e muito menos o governo, porém isso vai se tornando cada vez mais constante. Acho que todos se lembram também de um caso em Alagoas da menina de apenas 9 anos que foi estuprada pelo padrasto e engravidou, como é legalizado pela nossa lei o aborto nesse caso os médicos realizaram o procedimento, porém o arcebispo de Recife e Olinda com o apoio do Vaticano excomungou os médicos por terem feito o aborto da criança e nada fez com o padrasto da mesma, a CNBB negou, mas vimos aí uma contradição por parte deles. Outra questão é que no Brasil o aborto de fetos anencéfalos é proibido, o que a meu ver é ilógico, pois uma criança nasce para trazer esperanças, alegrias, e uma criança anencéfala só tem destino traçado rumo uma morte súbita e precoce, e traz quase sempre sofrimentos tanto depois do parto como antes, pois o parto e pré-natal de um feto anencéfalo é muito complicado e traz vários problemas a gestante. Mas por quê? Pra fazer uma mãe carregar um feto 9 meses em vão? Pra fazer sofrer? Pra trazer problemas psicológicos a mãe? Pra ceder às vontades das igrejas? Ao menos uma dessas perguntas as respostas serão sim.

O que quero com esse “post”? Quero somente discutir (civilizadamente) com vocês sobre até onde a igreja pode interferir na política, pois se vemos várias adolescentes abortando ilegalmente e perdendo seus filhos e vidas porque não legalizam o aborto? Se os homossexuais são milhões, o estado é laico e de acordo com nossa lei não temos que o direito de escolha porque não legalizam o casamento homossexual? A igreja podia simplesmente abrir os olhos para isso e deixar os cidadãos fazerem suas escolhas, esse tipo de impedimento deveria ser feito aos fieis e não a todos, a igreja deveria direcionar seus seguidores a não fazerem isso e deixar essa lei ser aprovada, o que não podemos ver são pessoas sem o direito de constituir suas famílias (casando mesmo que seja do mesmo sexo e adotando crianças) e pessoas morrendo em clínicas ilegais, pois o aborto não vai parar com a legalização ou não, claro que deve ter campanhas do governo caso legalize, mas se for pra fazer que seja feito com médicos e não “açougueiros”.      

Queria aqui antes de terminar o post fazer um parágrafo com minha opinião mesmo pra deixa bem claro. Quanto o casamento homossexual eu acho que deixei claro a minha opinião. Quanto o aborto com minha opinião sou contra, seria o certo que quem engravida por não planejar deveria arcar com as conseqüências de maneira correta, mas, muitas “mães” deixam seus filhos em orfanatos e como sabemos o nosso sistema não é organizado o suficiente e não dá o mínimo que uma criança precisa, além de ser extremamente burocrático e demorado a adoção, sendo assim, a minha vontade é um tanto que utópica, e como já disse o aborto não irá parar, continuará matando mais pessoas e dando dinheiro a clínicas ilegais e “pseudo médicos”. Peço a todos que tenham uma conversa amigável independente de sua opinião.


[Desculpe o tamanho do artigo, fiz o menor possivel, eu sei dá aula de Doutrinária e que iremos discutir isso, mas já tinha feito e só faltava postar, qualquer coisa comentem... Obrigado.]

6 comentários:

  1. Este assunto é super importante e polêmico! Tem que saber conversar, pois muitas pessoas têm pensamentos contrários da idéia! Bom a meu ver o fato do homossexualismo, o preconceito vem mais forte pelas igrejas evangélicas isso dificulta muito as mudanças de opiniões em geral, pois querendo ou não a igreja acaba interferindo um pouco no modo de pensar sobre este assunto. Em relação ao aborto eu concordo com a tese da seguinte questão; o aborto só poderá ser feito onde tiver provas de estupro e também se o feto for anencéfalo. Até porque é desprovida a questão de uma mãe passar por dores, sofrimentos constantes, depressão tendo que gerar uma criança 9 meses sabendo que aquela vida não vai trazer alegria pra ela,sabendo que ela vai vim ao mundo para morrer e trazer apenas dor. Agora aqueles casos de meninas que engravidam por imaturidade sou totalmente contra o aborto até porque foi irresponsabilidade da parte dela e do parceiro porque hoje possui muitos métodos contraceptivos por tanto eu acho que elas deveriam aceitar a realidade e encarar as conseqüências. Bom fica a critério então o pensamento de cada um. O meu pensamento é esse, por tanto eu prezo o respeito, pois muitas pessoas podem não concordar comigo.

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  2. Isso aí, respeito sempre! A minha opinião seria essa se isso ocorresse na prática, infelizmente muitas adolescentes são imaturas ao engravidar e a tomar as providências para encarar o fato, muitas acabam abortando usando métodos ilegais ou colocando em adoção (que é a melhor opção, porém o sistema de orfanatos do Brasil é desorganizado e não tem investimentos, além de que para uma adoção ser realizada é demorado.
    Mas realmente pra mim o ideal seria cada um assumir as consequências de seus atos.

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  3. Bom no que diz respeito a questão do aborto eu concordo com os colegas. Já em relação ao casamento homossexual tenho uma opinião diferente. A Pl 122/2006 diz: “Art. 8º-B. Proibir a livre expressão e manifestação de afetividade do cidadão homossexual, bissexual ou transgênero, sendo estas expressões e manifestações permitidas ao demais cidadãos ou cidadãos. Pena: reclusão de dois a cinco anos.” Segundo este artigo se o casamento heterossexual é permitido nas igrejas, logo o casamento homossexual também deveria ser, porque se um padre ou pastor se recusar a fazê-lo pode se preso.Eu concordo com o casamento civil, mas discordo com o casamento religioso.
    O homossexual é um cidadão como qualquer outro e por isso deve ser amparado pela mesma lei que vigora para todos os outros, não sendo necessária uma lei especial.

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  4. Ei Bruna, só para acrescentar: esse texto é de um Projeto de Lei, não de uma lei efetivamente aprovada e sancionada, por isso ainda não faz parte do direito objetivo brasileiro (estudaremos isso adiante). E mesmo que esse projeto se transforme em lei, na minha opinião, com base nesse texto legal acho que não seria possível prender um padre ou um pastor que tenha se recusado a realizar um casamento entre pessoas do mesmo sexo, pois eles não estariam "proibindo manifestação de afetividade" (o que seria algo como ver um casal homossexual de mãos dadas e obrigá-los a deixar de fazer isso). Sob o meu ponto de vista, o padre ou o pastor simplesmente estariam exercendo os preceitos religiosos, o que é protegido pelo artigo 5°, inciso VI, da Constituição.

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  5. Concordo com a Karla Paiva no que se diz respeito a igreja ter grande influencia no homossexualismo e acredito tambem que cada um tem que assumir as consequencias dos seus atos (no caso de ter uma gravidez indesejada por falta de cuidados). Concordo com o casamento civil de homossexuais pois nao acho que sao diferentes dos outros, mas tambem sou a favor da igreja ser livre para decidir se querem ou nao fazer o casamento religioso.

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  6. O que defendi no texto foi a união homossexual civil, assim como os homossexuais tem direito de casar no cicil, as igrejas tem o direito de seguir seus preceitos.

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