quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Quem foi Rudolf Von Jhering???

Foi Jurista alemão nascido em 22 de agosto de 1818 na cidade de Aurich, na porção oriental da região de Frisland, atualmente na Holanda, Ihering, cujo pai foi também advogado, ingressou na Universidade de Heidelberg em 1836, tendo visitado inúmeras vezes Göttingen e Berlin. Após se graduar como doctor juris, Ihering estabeleceu-se em Berlim como professor de Direito Privado Romano no ano de 1844 e atuou como palestrante abordando o Espírito do Direito Romano, tema que aparentemente constituiu o trabalho principal de sua vida.

Em 1845, ele se tornou professor, primeiramente na Basiléia, depois, em 1846, na cidade de Rostock, em 1849, em Kid e, em 1851, em Giessen. Durante todas essas etapas, ele deixou a sua marca. Ihering foi, dentre os seus contemporâneos, aquele que mais valorizou o Direito Romano. A questão da jurisprudência é fundamental no pensamento de Ihering, cuja concepção, a de uma ciência a ser utilizada em favor dos interesses sociais da humanidade, era predominante. Em 1868, Ihering aceitou a cadeira de Direito Romano em Viena, onde, em 1872, recebeu titulação de nobreza hierárquica do imperador austríaco. Nesse mesmo ano, ele foi para Göttingen. Lá, ele proferiu uma palestra em Viena sob o título Der Kampf um's Recht (A luta pelo Direito).

O seu sucesso foi extraordinário. Em dois anos, ela foi reeditada, reimpressa doze vezes e já foi traduzida para mais de 26 idiomas.

Ihering permaneceu em Göttingen até a data do seu falecimento, 17 de setembro de 1892.

Pouco antes, ele fora homenageado por um devotado círculo de amigos e alunos, em razão do jubileu do seu doutoramento.

As palavras do professor Adolf Merkel, citando Goethe, sintetizam respeitosamente, na forma de um memorial, a vida de Ihering: " O que eu desejei na minha juventude, consegui que a minha maturidade me trouxesse."

Ocupa, ao lado de Savigny (1779-1861), lugar ímpar, de relevo, na história do direito alemão, com repercussão de sua obra em todo o mundo ocidental.


Fonte: http://www.uj.com.br/publicacoes/doutrinas/1555/A_LUTA_PELO_DIREITO_DE_RUDOLF_VON_IHERING
em 24/02/2011 às 08:00hs.


P.S.: GOSTARIA DE CONVIDAR A TODOS VOCÊS A COMENTAREM SOBRE O TEXTO PASSADO PELO PROFESSOR OSLY NETO " A LUTA PELO DIREITO" DO SUPRACITADO AUTOR, DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE O TEXTO. OBRIGADO! 

9 comentários:

  1. Eu penso que essa luta sugerida pelo autor fica limitada a própria defesa da vida, da moral, de sua honra. Segundo o autor, fazendo valer o seu direito, você estará zelando pelo direito da sociedade como um todo. Mas no mundo capitalista e moderno de hoje, não funciona dessa maneira. Como seu direito só será adquirido pela luta, evidentemente, que indivíduos mais "fortes" intelectualmente e economicamente, acaba por dispor de meios mais eficazes e melhores para garantir o seu direito de fato. ficando indivíduos de poucos recursos abandonados a própria sorte, e sujeitos somente a ter direitos que foram conquistados pela minoria, como disse o professor Hiata ao comentar sobre o ótimo documentário(postarei em momento oportuno)"Uma história Severina" como a decisão de um grupo afeta sua vida sem quem você tenha participado dessa decisão. O direito deve ser um bem social cujo objetivo é favorecer o maioria, que infelizmente não dispõem de tantos recursos, a proposta de Jhering é louvável, mas infelizmente não funciona da maneira que deveria funcionar nos tempos modernos.

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  2. "Aquele que anda de rastos como um verme nunca deverá queixar-se de que foi calcado aos pés", Kant.

    Somente quem decide lutar pelos seus direitos pode questionar o que está a ser feito em sua sociedade. Ihering considera que a luta pela justiça deve fazer parte do cotidiano, que deve ser a conduta de todos os indivíduos em uma sociedade.A busca pela justiça gera a satisfação e a sensação de fazer parte de algo maior.Assim, somente podemos ser cidadãos quando fazemos valer os nossos direitos abrir mão desses direitos é dar espaço ao conformismo. Postura essa que prejudica o desenvolvimento correto e justo de uma sociedade. Pois se não lutamos pelo que queremos, algo nos será imposto e não poderá ser questionado posteriomente.
    Abandonar essa luta, pode não ser apenas covardia, pode ser um anúncio de morte, nossa morte social.

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  3. Que os mais poderosos tem vantagem quanto a criação de leis e direitos em geral é verdade, hoje vemos inúmeros casos de deputados e senadores aprovando leis em seu próprio benefício e como vimos agora a Presidente Dilma fazendo um decreto para a aprovação do reajuste do salário mínimo, tirando assim qualquer possibilidade de voto na Assembléia e, devemos ressaltar que isso é inconstitucional e vai contra a real idéia de democracia. Mas se a luta pelo direito é dever da cada um para assim uma sociedade inteira se beneficiar qual é o motivo disso acontecer? A população brasileira toda se deixou a entregar, esqueceu que o maior poder está em nossas mãos o voto, sem ele ninguém é eleito, podem ser mais poderosos, mas precisam de nós também. Se o direito é uma luta constante deveríamos todos lutar por melhores condições, para assim garanti melhores condições para nós. Foi assim que derrubaram a ditadura e o Collor e assim que em minha opinião deveria ser.

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  4. Ihering foi um dos primeiros defensores da concepção do direito como produto social.

    Para ele, a luta para impor a norma jurídica era um dever ético, além do mais, acreditava que o Direito devia conciliar os interesses individuais e sociais, mas, em caso de conflito, deve inclinar-se sempre para o bem social.

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  5. Rudolf fala sobre como devemos lutar pelos nossos direitos independentemente de qual seja eles, mas nos dias de hoje as coisas estão um pouco difícil se comparadas ao do passado.Vivemos em mundo Capitalista onde quem tem o poder maior são as pessoas de classe social alta,e na maioria das vezes são elas que ditam as regras do Jogo.As pessoas de classe social baixa vendo isso tudo perde a motivação de lutar as vezes pelos seus direitos,pois sabem que não tem tanta voz ativa quanto a classe social alta.E tudo isso faz com que os mais "Humildes" sintam-sem cada vez mais humilhados.

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  6. Tá animado isso aqui, gostei de ver, continuem assim. Pra tirar um pouco o peso da discussão, o que Jhering diria de Álvaro de Campos? http://www.youtube.com/watch?v=3dRchZ-vRAI. Um abraço a todos.

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  7. O autor relata que é nosso dever corrermos atrás dos nossos direitos, brigarmos por eles, lutarmos por eles. O direito é um bem nosso e requer persistência, paciência e força de vontade. A verdade se encaixa que ninguém é melhor que ninguém porem muitas das vezes pessoas deixa de lado e não correm atrás do seu direito. Sabemos que hoje fazemos parte dum mundo capitalista e isso afeta muitas pessoas, principalmente por questão de classe social. Uma pessoa que faz parte da classe social alta “automaticamente” possui um maior poder, um nome importante na qual tem por dever de zelá-los. Já as pessoas de classe social baixa pelo fato de terem poucas condições para recorrerem por seus diretos acabam sendo submissas e assim desprezando o valor e o direito que elas têm. Com isso acabam sendo humilhadas e preferem não se expor deixando então as coisas como estão. Mais vale lembrar que:
    “Não deixeis impunemente calçar o vosso direito aos pés doutrem.” KANT

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  8. O autor deixa bem claro o favorecimento dele ao direito subjetivo e afirma que este direito está indiretamente e diretamente ligado a honra, ao dever social, a luta pelo que se considere certo ou ‘ideal’. Critica o indivíduo que opta pela paz e não pela luta por seu direito, considerando este fraco e um ‘tipo’ que pode atrapalhar o desenvolvimento e o crescimento da sociedade quando pela luta. Este não é merecedor do direito subjetivo, diria até um 'direito social’. Além disso, ele deixa claro que mesmo naquela época era difícil o direito a luta,a defesa dos princípios aqueles que não tinham as mesmas condições financeiras e sociais de outros. As coisas não mudaram tanto assim em um mundo capitalista. Mas ele também ressalta que mesmo se tratando de um indivíduo menos favorecido socialmente/economicamente é necessário que este lute tanto quanto pelo que considera correto.Independente de classe social ou de quanto será difícil. Independente também de qual decisão será tomada, apenas pelo fato da luta,da defesa pelo que se acredita e vive, pois o direito é a constante luta pelos seus ideais, pelo menos no direito subjetivo.

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  9. Em meio a tantos debates segue em repercussão o conflito em países do Oriente Médio e Norte da África,a qual sue base é de cunho social cujo os manifestastes se apóiam em protestos revolucionários criticando os governos que tem embasamento em meios despóticos e autoritários, sendo assim o POVO não ficou calado diante disso, exigindo seus Direitos por meio da FORÇA para constituir a paz. Diante disso, vemos que como por meio da força Jhering quis nos mostrar que com o pacifismo e comodismo, por exemplo, em que vivemos aqui no Brasil, nada será conquistado por mérito e luta. Deveríamos seguir o exemplo dos países do Oriente Médio e Norte da África, criticando os atos cometidos pelos governos e seus organismos, pois é nosso direito protestar o que é imposto de forma injusta. Vê-se então dessa forma o olhar distanciado do brasileiro quanto as injustiças cometidas por essas instituições.

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